segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ensinos de Jesus


Na questão 886 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona: “Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?” É então que os espíritos responderam: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.”  Benevolência e indulgência são sinônimos, respectivamente, de boa vontade e de tolerância, do que se depreende que, junto ao perdão, a prática da caridade se estende para muito além da simples doação material.

A caridade, de acordo com esse entendimento sublime do Mestre Jesus, pode se manifestar em cada um de nossas ações no decorrer do dia-a-dia, pode permear nosso comportamento no lar, nossa conduta no trabalho, nosso jeito de ser nos estudos, nas convivências sociais, nos círculos da amizade. Quando se age movido por boa vontade, se está agindo com caridade. Quando se é tolerante para com as imperfeições alheias, se está sendo caridoso. Quando se desculpa sinceramente, se está colocando em prática a caridade.
Percebamos assim o sentido das afirmações de S. Paulo, na 1ª Epístola aos Coríntios: “mesmo que falássemos todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom da profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse a perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído todos os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.”

Desse modo, nos inspiremos nesse entendimento que Paulo nos apresentou dos ensinos de Jesus para reforçar a afirmativa dos Espíritos Superiores na resposta à questão 886 de O Livro dos Espíritos. E com essa certeza, reforcemos nossa vontade de seguir os passos iluminados de Jesus na trilha redentora da abnegação e da renúncia em amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Referências:
O Livro dos Espíritos, organizado por Allan Kardec (Ed. IDE), Questão 886;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, organizado por Allan Kardec (Ed. FEB), Capítulo XV, item 6.

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