A análise Estatística pode nos revelar aspectos interessantes, sempre que tivermos como meta utilizar os dados para o nosso planejamento estratégico.
Assim é que, ao tomar conhecimento de uma recente pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, e que tomou como base um conjunto de 200.000 questionários, resolvemos dividir com os leitores nossas reflexões.
Eis os números, conforme apresentados no site do UOL, em 23/08/2011, em http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2011/08/23/numero-de-catolicos-cai-no-brasil.jhtm:
Evolução do número de adeptos, entre 2003 e 2009:
Católicos: de 73,79% para 68,43%
Evangélicos: de 17,88% para 20,23%
Ateus: de 5,13% para 6,72%
Espíritas: de 1,50% para 1,75%
Afro-brasileiras: de 0,23% para 0,35%
Orientais: de 0,30% para 0,31%
É evidente que não há muito o que comemorar, haja vista que ainda somos poucos, mas a análise estatística permite inferir alguns dados interessantes, sem distorcer a realidade:
O número dos que se declaram Espíritas cresceu 16,67% em apenas seis anos. Baseando-se em uma população de 190 milhões (dados preliminares do Censo do IBGE para 2010), temos em número absoluto que o número de adeptos do Espiritismo cresceu, então, em cerca de 475.000 pessoas neste período. Passamos de cerca de 2.850.000 em 2003 para cerca de 3.325.000 neste período. São quase 80.000 novos adeptos por ano. É quase um sexto a mais.
E isso apesar de não termos um proselitismo agressivo, e de termos sempre em conta as palavras dos Espíritos nas questões 798-802 de O Livro dos Espíritos, ao analisarem a Influência do Espiritismo no Progresso.
Não estamos aqui para comemorarmos a diminuição do número de adeptos de outras doutrinas, e nem para ignorarmos as profundas transformações por que passam as religiões no Brasil e no Mundo, mas precisamos, sem dúvida, aprender a respeitar os números, e a nos planejarmos a partir deles. Poderíamos perguntar, por exemplo, se a disseminação de páginas Espíritas na internet colaborou, e o quanto, nestes resultados. Poderíamos refletir, por exemplo, se a divulgação em nossas casas de que devemos nos apresentar enquanto Espíritas, e não como Kardecistas, nas consultas de modelo Censo, não começa a dar resultados.
Poderíamos, também, começarmos a nos planejar, pois mantido este ritmo de crescimento, por volta de 2024 seremos mais de 5 milhões, e poucos anos depois o dobro do que somos hoje.
Mais do que comemoração, os números pedem reflexão e trabalho.
Nos dediquemos, então, a este trabalho, sempre em paz, e com Jesus!
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Texto de Luiz Carlos dos Santos, originalmente publicado na edição de setembro de 2011 pelo BIME - Boletim Informativo do Movimento Espírita, o veículo de comunicação da USE Intermunicipal de Peruíbe.
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